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Rotatórias e infraestrutura ruim afetam mobilidade em Palmas, dizem especialistas

Especialista defende que cidade construa metrô para reduzir a dependência de carros

Por: Mavi Oliveira

26/03/202508h00 • Atualizado

Com suas 223 rotatórias distribuídas pela cidade, Palmas enfrenta um trânsito cada vez mais intenso. Apesar de ter sido planejada para otimizar o fluxo de veículos, a mobilidade urbana ainda gera debates, com demandas por melhorias no transporte público e na infraestrutura voltada para pedestres e ciclistas.

Especialistas ouvidos pelo Manchete do Tocantins apontam que, com o aumento do número de carros, as rotatórias podem gerar congestionamentos e comportamentos perigosos, o que exige soluções mais eficazes e adaptadas à realidade atual.

Foto: Divulgação | Prefeitura de Palmas

Foto: Divulgação | Prefeitura de Palmas


Principais desafios

A arquiteta Yane Lopes é enfática ao destacar as deficiências na infraestrutura do transporte de Palmas. "Os pontos de ônibus são precários e é necessário melhorar a frota e aumentar a quantidade de linhas", afirma. Ela também observa que a cidade carece de vias adequadas para ciclistas. "As ciclovias precisam ser isoladas por segurança, pois a quantidade de veículos é crescente e a infraestrutura ainda não está à altura", analisa.

Segundo Yane, Palmas foi projetada pensando nos carros, o que resultou em pouca atenção ao pedestre. "O trânsito de veículos ainda flui bem, mas a cidade não foi pensada para pedestres", aponta a arquiteta.  Para ela, com o aumento do fluxo de carros, a construção de metrô seria uma alternativa para reduzir a dependência de veículos. "O metrô pode abrir mais opções para as pessoas deixarem seus carros em casa", afirma.

O engenheiro civil Pedro d'Almeida alerta para os impactos do aumento de veículos nas rotatórias. "As rotatórias funcionam bem com tráfego leve ou moderado, mas começam a gerar congestionamentos à medida que o número de carros cresce", pondera. Ele avalia que a ausência de um controle mais rígido nas entradas das rotatórias agrava o problema.  "Com o tráfego intenso, surgem filas e disputas de passagem, o que pode gerar comportamentos perigosos", ressalta.

Soluções para melhorar o fluxo
Pedro d'Almeida propõe que, para resolver os congestionamentos causados pelas rotatórias, seja realizado um planejamento técnico detalhado. "É preciso estudar o comportamento do tráfego, coletando dados durante horários de pico e realizando simulações. A partir disso, soluções adequadas podem ser implementadas", sugere.

Uma das soluções, segundo ele, seria a substituição das rotatórias por semáforos inteligentes, que ajustam o tempo de sinalização conforme o fluxo de veículos. "Isso pode melhorar a fluidez do tráfego de forma significativa", diz.

A segurança de pedestres e ciclistas
Além das rotatórias, o engenheiro também enfatiza a importância de garantir segurança para pedestres e ciclistas. "Medidas como faixas elevadas de travessia, ciclovias conectadas e uma sinalização mais eficiente são essenciais para reduzir os conflitos e melhorar a segurança", conclui.

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