Produtores rurais do sul do Tocantins estão apostando na inovação para proteger suas lavouras. Ao lado dos tradicionais insumos químicos, as fazendas da região estão incorporando o uso de bioinsumos - produtos de origem natural que ajudam no combate de pragas e na proteção das culturas de forma mais sustentável.

O agricultor Alexander Borguetti, que cultiva soja e milho em Alvorada, é um dos que adotaram a nova prática. Ele destaca os benefícios do uso combinado de químicos e biológicos. “A maioria dos defensivos químicos elimina os insetos pelo contato direto. Já o biológico atua de forma complementar, proporcionando um controle mais duradouro ao permanecer ativo por mais tempo nas plantas”, explicou, em entrevista à TV Anhanguera.

Foto: Reprodução | TV Globo

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Na fazenda do produtor Marcelo Paro, testes com bioinsumos estão em andamento para avaliar a eficácia dos produtos naturais. “Estamos testando tudo o que é possível para encontrar o melhor equilíbrio. Queremos reduzir o uso de químicos e ampliar o trabalho com biológicos”, contou.

Segundo especialistas, os bioinsumos contribuem para a biodiversidade, têm efeito prolongado e reduzem a dependência de insumos fósseis. Além disso, fortalecem as plantas contra adversidades climáticas - um desafio crescente diante das mudanças no clima.

Pesquisas desenvolvidas pela Embrapa em Palmas, em parceria com empresas privadas, estão na vanguarda dessa revolução agrícola. Um exemplo é o uso de bactérias encontradas em cactos, que deram origem a soluções capazes de aumentar a resistência dos grãos à estiagem.

“A água é o insumo mais caro e essencial da lavoura. Se conseguimos desenvolver plantas mais resistentes à seca, principalmente em regiões com déficit hídrico, temos um grande avanço para o sucesso agrícola”, explicou o pesquisador Rodrigo Veras.