Delator do PCC perde ação contra Record, Band e SBT cinco meses após sua morte
Justiça negou indenização por reportagens policiais; processo movido por Antônio Vinicius Gritzbach foi arquivado após sua morte em novembro de 2024
Por: Manchete do Tocantins
14/04/2025 • 16h08
Cinco meses após sua morte, Antônio Vinicius Gritzbach, delator ligado ao PCC, teve negada pela Justiça uma ação movida contra Record, Band e SBT. Ele alegava que foi tratado como condenado por programas policiais das emissoras, sem direito de defesa. O processo corria desde setembro de 2024, dois meses antes de sua execução.
Gritzbach afirmou que reportagens dos programas Cidade Alerta, Brasil Urgente e Tá na Hora continham informações imprecisas sobre seu envolvimento com o crime organizado. As emissoras e os advogados não se manifestaram. A Justiça entendeu, porém, que as informações veiculadas eram verdadeiras, pois ele estava sendo investigado e respondia a processo criminal.

Foto: Reprodução
A decisão foi da 6ª Câmara do Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que julgou o caso em fevereiro deste ano. Com a morte do empresário, ocorrida em 8 de novembro de 2024, o tribunal também determinou o arquivamento do processo, já que ele não poderia recorrer.
Gritzbach era investigado desde 2021 por ligação com o PCC e chegou a ser apontado como responsável por ordenar a morte de dois membros da facção. No momento em que foi assassinado, em pleno terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, negociava um acordo de delação premiada com o Ministério Público. A polícia identificou que o autor dos disparos foi um policial militar da ativa.