Malária no Tocantins recua, mas alerta permanece para novos casos
A reintrodução de casos no estado em 2023 ocorreu por causa da crise sanitária na região Yanomami
Por: Manchete do Tocantins
28/04/2025 • 10h32 • Atualizado
Os casos de malária apresentam tendência de queda no Tocantins, mas a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) diz que é preciso manter o alerta. Após registrar 31 notificações em 2023 - com aumento de casos autóctones -, o estado contabilizou 23 casos importados em 2024 e, até o momento, apenas um caso em 2025.
Segundo a Secretaria de Saúde, a reintrodução de casos no estado em 2023 ocorreu por causa da crise sanitária na região Yanomami, que intensificou o deslocamento de pessoas entre áreas endêmicas e o Tocantins.

Foto: Prefeitura de Caraguatatuba | Divulgação
A pasta disse que os municípios precisam manter estruturas mínimas de vigilância da malária, como estoques de antimaláricos, testes rápidos, definição de fluxo para notificação à secretaria em até 24 horas, ações de controle vetorial e educação em saúde.
“Para prevenir a infecção, é fundamental evitar a exposição nos horários de maior atividade do mosquito, ao amanhecer e ao anoitecer. Também é importante utilizar roupas de manga longa, aplicar repelentes, instalar telas em janelas e dormir com mosquiteiros, especialmente em áreas de mata ou beira de rios”, explicou a enfermeira da Área Técnica da Malária da Secretaria de Saúde, Denize Khirlley.
A malária é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles infectado. Seus sintomas incluem febre, dor de cabeça, sudorese e calafrios, que geralmente aparecem entre 10 e 15 dias após a exposição. O diagnóstico pode ser realizado por teste rápido ou gota espessa, com resultado disponível em até 24 horas. O tratamento, baseado na espécie do parasita e no peso do paciente, deve ser seguido até o fim, mesmo com o desaparecimento dos sintomas.