O Tocantins está entre os seis estados com possibilidade de aumento na incidência de casos de dengue em 2025, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, o principal fator que justifica o aumento previsto é a continuidade do El Ninõ, que pode intensificar as condições climáticas adequadas à proteção do mosquito Aedes aegypti. 

Neste ano, já foram notificados 502 casos de dengue no Tocantins, segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO). Em 2024, foram contabilizados 24.138 casos e sete mortes por causa da doença. Nenhuma vítima fatal foi registrada em 2025.

Foto: Freepik

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A servidora municipal Ana Maria Coelho relata que ela, o marido e o filho contraíram dengue enquanto moravam em Luzimangues, a 23 km de Palmas. Segundo ela, a presença de água parada em casa foi o fator determinante para a contaminação de toda a família. “Lembro que sentimos dores no corpo, principalmente nas articulações dos braços, pernas e nos dedos”, relata Ana.

Ao Manchete do Tocantins, a SES-TO explicou, por meio de nota, que a dengue é uma doença que pode apresentar sintomas ou não. "A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica e pode variar desde casos sem sintomas (assintomáticos) a graves", diz trecho. A pasta ressalta que a dengue pode apresentar três fases clínicas: febril, crítica e recuperação. 

"São conhecidos quatro sorotipos virais da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), no Tocantins ao longo dos anos, foram registrados a circulação de todos. No entanto, o sorotipo DENV-3 não era Identificado no estado desde 2008 e o DENV-4 desde 2016, fato que preocupa a Secretaria Estadual de Saúde devido à suscetibilidade da população a eles, principalmente as faixas etárias mais jovens", destaca a pasta, que enfatiza que a principal forma de transmissão da doença é pela picada do mosquito fêmea do Aedes aegypti.

Prevenção contra a dengue

As principais recomendações para prevenção da dengue, chikungunya e Zika são: evitar recipientes com água parada; descartar corretamente o lixo; lavar e trocar regularmente a água dos bebedouros dos animais domésticos; realizar a limpeza dos quintais e das calhas; acondicionar vasilhas em locais protegidos e com abertura (boca) para baixo; pneus e outros materiais rodantes devem ser colocados em locais cobertos; adicionar areia nos pratos dos vasos de plantas, entre outros. As pessoas devem usar repelentes e roupas compridas nas horas de maior atividade do vetor, usar telas nas janelas e portas para evitar a entrada de mosquitos.